Como o cais de ajuda a Gaza desmoronou

O cais de $230 milhões foi instalado em meio ao avanço militar israelense na cidade de Rafah e ao fechamento das duas passagens de fronteira do sul que estavam fornecendo a maior parte da ajuda à Faixa de Gaza. O corredor marítimo entre Chipre e Gaza - e uma campanha contínua de lançamento aéreo - deveriam complementar as entregas terrestres, que são mais baratas e eficientes.

Mas o cais construído às pressas nunca foi projetado para lidar com as águas agitadas do Mar Mediterrâneo, que se espera que piorem durante o verão, e a logística de entrega de ajuda do cais para a população de Gaza se mostrou complicada. A estrutura flutuante se desfez no final do mês passado após 10 dias de operação, algo que autoridades de defesa descreveram privadamente como praticamente inevitável, e algumas organizações humanitárias praticamente desistiram de fazer planos de longo prazo em torno do cais.

Depois de uma semana de reparos, o cais foi recolocado no sábado, apenas para ser fechado novamente no domingo devido às águas agitadas, disse o Pentágono. Ele reabriu na terça-feira.

Detalhes importantes não haviam sido totalmente resolvidos dias antes do cais ser colocado, incluindo como garantir um fluxo constante de ajuda para Chipre. Alguns grupos privados, como a Fogbow, uma empresa privada composta por ex-funcionários do governo dos EUA, militares e das Nações Unidas, que comprou 1.100 paletes de ajuda para Gaza, buscaram aprovações para trazer ajuda pelo cais dos EUA. A empresa ainda não recebeu permissão.